Por
mais inquietante se revele a estrada terrestre aos teus olhos, não olvides que
o trabalho será o verdadeiro instrumento de nossa libertação.
Fé
que não age, é entusiasmo inoperante.
Caridade
que não se movimenta nas boas obras, é campo ornamentado de verdura inútil.
Pregação
de virtude que não se expressa em serviço aos semelhantes, muitas vezes é um
escrínio vazio, estruturado em palavras brilhantes.
Prece
que não caminha no terreno da ação construtiva, é um grito sem eco.
Só o
trabalho consegue realizar o divino milagre de nossa renovação espiritual.
A
enxada humilde é um escopro de luz nas mãos do lavrador, mas a pena preciosa
nos dedos do sábio preguiçoso é lâmina sem valor.
Trabalha
e tua linguagem se fará acessível e convincente aos que te observam; trabalha
e encontrarás, contigo mesmo, o miraculoso elixir do esquecimento de todas as
mágoas do mundo; trabalha
e farás a Terra menos pobre de ignorância e miséria…
Toda
a Natureza é um cântico de serviço ao Criador, que não cessa de servir por amor
às criaturas.
Serve
a árvore, que produz a semente, serve o chão que sustenta a vida.
Serve
o Sol, que fecunda o chão, serve a semente, que produz o pão.
Não
te imobilizes, à frente do sublime espetáculo que o mundo te oferece todos os
dias.
Deixa
que a esperança extravase de teu coração, em forma de bênçãos, deixa que a tua
saúde se derrame em obras úteis, na direção dos que necessitam.
Não
aceites o repouso senão como pausa obrigatória e indispensável ao teu próprio
refazimento, porque só na atividade constante do bem desfrutarás o clima da
consciência tranquila.
Cristo
veio até nós para que despertássemos. Descerra as janelas do entendimento à sua
divina inspiração e busca o lugar de abençoado servidor que a Terra te guarda
generosa.
“Levanta-te e segue-me!” — disse-nos o Senhor.
Não te detenhas.
O
amor é infatigável.
Jesus
é o nosso Divino Guia, e, hoje, é a nossa bendita oportunidade de renovar e aprender,
de servir e brilhar.
(Emmanuel – Psicografia: Francisco Cândido
Xavier. Livro : Intervalos)