Quando
a aflição te bata à porta, é natural te preocupes, no entanto, pensa igualmente
naqueles que te rodeiam.
Todos
eles te aguardam a coragem para que se lhes garanta a resistência.
Ninguém
te pede a indiferença da estátua. Roga-se-te a serenidade daquele que se dispõe
a ser útil.
Quando
a provação se te apresente nas características do inevitável, é que
determinadas manifestações da lei de causa e efeito estão em andamento,
reclamando-nos adaptação à realidade que, por vezes, somente muito depois,
reconheceremos como sendo aquilo de melhor que a vida nos podia oferecer.
Algum
ente amado terá perdido a existência no Plano Físico, impondo-te espessa carga
de saudades e lágrimas… Entretanto, é possível que, no futuro, venhas a
considerar semelhante ocorrência à feição do resultado de uma portaria celeste,
liberando a criatura que partiu de pesados sofrimentos que talvez lhe
atingissem a paralisação dos movimentos ou o desequilíbrio das faculdades
cerebrais.
Em
vários episódios da experiência humana, certa pessoa querida ter-nos-á trocado
a presença pela companhia de outra pessoa, esquecendo-nos, em muitas ocasiões,
o carinho e o devotamento… É provável, no entanto, que, depois de algum tempo
venhamos a saber que o acontecido terá sido a resultante de inspirações do Mais
Alto, porquanto, aprenderemos que se essa ou aquela pessoa houvesse permanecido
compulsoriamente, ao nosso lado, talvez tivesse caído nas calamidades do
homicídio ou do suicídio, já que não nos é dado conhecer o íntimo daqueles que
nos compartilham a vida.
Em
qualquer crise da existência, conserva a calma construtiva, de vez que os
nossos estados mentais são contagiosos e, asserenando os outros, estaremos
especialmente agindo em auxílio a nós.
Ainda
que os amigos de outro tempo não te reconheçam em teus dias de inquietação,
Deus te vê, provendo-te de recursos, segundo as tuas necessidades.
Emmanuel
(Fonte: Paciência; Autor Espiritual: Emmanuel; Psicografia: Francisco Cândido Xavier; 4ª ed., Editora Cultura Espírita União, p.21.)